Flores e Descobertas
Naquele dia, o sol da tarde mal tinha sumido por completo quando a porta da floricultura tocou com seu tilintar característico. Eu ainda ajeitava os vasos da janela, os cabelos presos às pressas e o avental amassado da correria do início do dia. E lá estavam eles.
Emma foi a primeira a entrar, correndo como quem já se sente em casa.
— Boa tarde! — ela disse, com um sorriso escancarado que fez meu peito se aquecer por inteiro.
— Boa tarde, Emma! Pensei que só nos veríamos depois do trabalho, na minha casa?
— Sim! Mas eu não aguentava esperar até você voltar. Então viemos direto para cá assim que eu saí da escola.
— Então acho que você quer mais dicas sobre como cuidar dela? — sorri, agachando para falar na altura dela. — Sabe que as plantas sentem, né? Quem cuida delas com carinho, elas reconhecem.
Emma assentiu com seriedade.
E então Rafael entrou com os olhos castanhos que me tiravam do eixo.
— Espero que ela não esteja te incomodando com toda essa história de pla