Ângelo e Sofia esperavam o avô Omar na saída da escola, como de costume. Quando a mãe não podia, um dos avós vinha buscá-los. Eles brincavam perto do portão de saída, alheios ao mundo, até que um senhor se aproximou. Ele vestia um terno cinza bem cortado, tinha a barba cerrada e carregava alguns doces nas mãos, que estendia para eles.
— Oi, como vocês estão? — Perguntou o senhor, com uma voz surpreendentemente suave.
Sofia, sempre a mais esperta, puxou Ângelo para mais perto.
— A gente te conhece? Mamãe disse que não devemos conversar com estranhos. Vem, Ângelo, senta mais perto de mim.
O senhor sorriu, um sorriso um tanto melanc&oacut