Cristina pareceu ter ficado congelada no tempo, cada músculo tenso, a mente em branco diante daquela imagem inesperada e perturbadora. Foi como se um véu de irrealidade pairasse sobre a cena, até que a urgência da situação a despertou bruscamente. Agarrou o urso de pelúcia surrado de sua filha, Blublu, sentindo o conforto familiar do tecido gasto sob seus dedos trêmulos, um pequeno ponto de ancoragem em meio ao caos emocional que a invadia. A única certeza que a consumia naquele instante era a necessidade de escapar daquela casa, daquela atmosfera carregada de uma tensão de um mistério que a feria profundamente.
— Desculpe… eu vim buscar o urso da Sofia… eu já estou indo! — As palavras escaparam de seus lábios em um fio de voz, quase inaudível, traindo o turbilhão de emoç&