Jonas encarou o mapa colado na parede por mais alguns segundos. A marca no andar superior parecia pulsar em sua mente, como se algo ali o chamasse — ou o aguardasse. Ele sabia que subir significava se aproximar daquilo que o caderno e o livro chamavam de “segundo ciclo”.
Guardou o caderno, a carta e a chave no bolso da jaqueta. Saiu do apartamento silenciosamente, os passos ecoando no corredor vazio. O elevador seria arriscado demais — o porteiro poderia ouvi-lo ou desativar a energia — então, ele optou pelas escadas.
A cada andar, o ar parecia mais denso. Como se o prédio estivesse vivo e soubesse que ele estava subindo.
Chegando ao andar indicado no mapa, parou diante da porta número 704. Era uma daquelas portas antigas, de madeira maciça, com pintura descascando e números quase apagados. Mas o símbolo — aquele mesmo — estava ali, entalhado discretamente na maçaneta.
Jonas tentou girar a maçaneta. Trancada.
Lembrou-se da chave.
Retirou-a do bolso e a inseriu na fechadura.
Funcionou.