Jonas decidiu que ainda havia coisas não vistas naquele apartamento. A sensação de que alguém — ou algo — havia vivido ali deixando rastros discretos era mais forte do que sua pressa em subir até o último andar.
Ajeitou a luz fraca da lanterna improvisada — alimentada por pilhas encontradas em uma gaveta anterior — e seguiu em direção ao banheiro. O espelho estava estilhaçado, como se alguém tivesse dado um murro há muito tempo. Dentro do armário de remédios, entre vidros antigos e um frasco de perfume seco, ele encontrou um pequeno frasco com um líquido escuro, rotulado à mão com o nome: “Revelação”. Não havia instruções, nem data. Apenas a palavra escrita com caligrafia firme.
Guardou o frasco no bolso e continuou.
Na cozinha, vasculhou o armário inferior — o único que parecia trancado. Forçou com uma faca enferrujada e conseguiu arrombar. Dentro havia apenas uma pequena cesta de palha e, dentro dela, cinco pedaços de pano dobrados, cada um com um símbolo bordado em fio vermelho. Re