94 - Sentimos muito, Srta. Welles.
AVERY WELLES
Não havia uma palavra sequer para descrever a dor intensa que percorria cada curva do meu corpo. Era como estar deitada em uma cama de vidro com um tijolo de dez toneladas apoiado na minha barriga, apertando meu peito. Eu não queria abrir meus olhos por causa da luz acima, mas então senti um aperto na minha mão direita e uma presença pairando acima de mim.
— As luzes, apaguem as luzes — ouvi sua voz quente e forte, porém apavorada, instruindo. — Ei, querida.
Quando percebi que as fortes luzes fluorescentes haviam sido apagadas pelo leve ruído do interruptor, comecei a abrir os olhos. O peso que me apertava o peito se dissipou quando o rosto incrivelmente bonito e os olhos lindamente cativantes, cheios de preocupação, se conectaram aos meus. A vermelhidão que circundava seus olhos, com bochechas úmidas, partiu meu coração em dois.
— Você está bem?
Engasgando com o que pareceu ser uma risada e um soluço combinados, ele abaixou a cabeça com um jorro de lágrimas esco