AVERY WELLES
De nós duas, Ju não era a mais emotiva. Ela era mais teimosa e tinha um coração de aço. Quando eu chorava feito um bebê por causa de "Marley e Eu", ela revirava os olhos e jogava pipoca na minha cabeça. Em comerciais de Natal na TV, ou mesmo naqueles que tentam te convencer a adotar um burro doente ou um orangotango abandonado na África, ela nem pestanejava enquanto eu me encolhia num canto e soluçava.
Então, quando ela olhou para o encosto do sofá e gritou para Paul perguntar quem estava na porta, o grito que escapou de sua garganta foi o suficiente para me fazer chorar também. Ela mal conseguiu chegar à beira do sofá quando eu a agarrei quase completamente e me prendi a ela como se ela fosse uma espécie de bote salva-vidas.
— Como? Quando? Você não deveria ter voltado na semana que vem.
— Ela nos surpreendeu, mamãe! — Contive uma risada enquanto Paul pegava Katy no colo.
— Você não achou que eu conseguiria ficar em outro país sem correr para ver meu novo sobrinho, acho