Os trovões ribombavam, e a chuva batia com força contra as janelas. Mariana tentava se acalmar, mas o medo que sempre sentira de tempestades começava a se intensificar.
Encolhida debaixo das cobertas, ela apertava os olhos, tentando ignorar os relâmpagos, mas a cada trovão, seu corpo tremia. O som da tempestade lá fora não parecia dar trégua, e logo ela percebeu que não conseguiria dormir.
Tomando uma decisão impulsiva, Mariana saiu da cama, envolta em um cobertor, e foi em direção ao quarto de Gabriel.
Estava hesitante, mas algo a empurrava para frente. Sabia que ele não era do tipo que oferecia conforto, mas a ideia de ficar sozinha naquela situação era insuportável.
Parando à porta do quarto dele, ela bateu levemente. Por um momento, pensou em voltar, mas antes que pudesse decidir, ouviu a voz baixa e direta de Gabriel.
— Entre.
Mariana entrou devagar, ainda segurando o cobertor em volta do seu corpo. Gabriel estava sentado na cama, com o notebook no colo. Ele levantou os ol