Mariana mal notou o carro de Gabriel se aproximando até que ele parou ao seu lado. O vidro se abaixou lentamente, revelando sua expressão impassível.
— Entra no carro — disse ele, sem rodeios.
Mariana parou e o encarou por alguns segundos, processando a situação. Seus pensamentos estavam lentos, e ela sabia que parte disso era o cansaço extremo.
— Não precisa, doutor. Eu... eu só vou pegar o ônibus e vou direto pra casa. Estou bem — respondeu ela, tentando manter um tom firme, embora fosse óbvio que estava exausta.
Gabriel ergueu uma sobrancelha, o olhar penetrante como sempre.
— Você está longe de estar bem, Mariana. Entra no carro. Não vou repetir.
Havia algo no tom de voz dele que não deixava espaço para discussão. Era uma ordem, e ela sabia que discutir com ele não levaria a lugar algum.
Ela suspirou fundo e cedeu, entrando no carro. Ele não disse mais nada enquanto ela colocava o cinto, apenas acelerou e seguiu pela rua.
O silêncio entre eles era pesado, mas não desconfortável. G