Entrei na biblioteca, tentando controlar o próprio pulso.
O som do salto ecoava no piso de madeira, misturando-se ao farfalhar das páginas que o vento movia em alguma prateleira.
Fechei a porta com cuidado e apoiei as mãos na mesa de mogno. O coração ainda batia rápido.
Raiva, mágoa, cansaço, tudo junto.
De repente, ouvi o ranger leve da maçaneta atrás de mim. Nem precisei olhar. Eu sabia quem era.
O cheiro da colônia, o silêncio carregado, a respiração tensa.
ETHAN: Isabella...
Continuei virada de costas, fingindo folhear um dos livros antigos.
ETHAN: Podemos conversar?
“Depende. Vai me demitir outra vez ou dessa vez vai direto para o histórico acadêmico?”
Ele suspirou, aquele suspiro que eu conhecia bem… o que vinha sempre antes de ele tentar se recompor.
ETHAN: Eu não devia ter gritado com você.
“Não devia, mas gritou.”
ETHAN: Eu estava furioso, Isabella. Confuso…
“E resolveu descontar em mim, claro. O roteiro de sempre.”
Virei-me devagar. Ele estava parado à porta,