A cena ainda mexia comigo quando Ethan desferiu mais um soco no rosto de Theo. O impacto soou abafado, como se o mundo tivesse perdido frequência, e Theo caiu de joelhos, as mãos tremendo, o sangue desenhando linhas vermelhas no queixo.
ETHAN: Maldito infeliz, agora você vai trabalhar para mim... É isso ou eu te mato!
Theo procurou socorro nos olhos do pai, mas Robson estava no chão, entre vasos quebrados, o rosto inchado e ensanguentado, imóvel, como se o ar lhe faltasse. O silêncio de Robson pesava mais que qualquer grito.
THEO: Tudo bem, eu faço o que o senhor quiser!
Ethan ajeitou a camisa com um gesto seco, como quem ajusta uma armadura. Olhou para James com frieza medida, sem nenhum traço de piedade.
ETHAN: James, quero que leve ele para Nova York. Não deixe ele ter contato com ninguém.
James acenou e já se encaminhou. Não havia discussão possível; tudo ali obedecia a um plano que havia sido pensado antes mesmo do primeiro soco.
ETHAN: E você, se quiser ficar com essa mul