Ainda estávamos sentados na escada quando uma voz grossa nos chamou a atenção. Levantei-me e virei o rosto.
DAVID: Precisa descansar, comer algo e só depois ver como resolvemos essa situação definitivamente.
MIGUEL: Tudo bem, pai, eu…
DAVID: A sua mãe pediu para servir o café mais cedo. Entre, Ravelli… você é muito bem-vindo na minha casa.
Confesso que as palavras de David me deixaram surpreso. Miguel cruzou os braços, tentando não demonstrar felicidade, mas foi impossível.
MIGUEL: Obrigado, pai… Me sinto como um garoto que acabou de receber permissão para dormir na casa do coleguinha.
Disse ele, batendo no meu ombro.
MIGUEL: Vamos logo, a dona Violeta vai ficar feliz em ver você.
Entramos na casa, e estava como vinte anos atrás. Alguns móveis diferentes, mas, ainda assim, era um dos meus refúgios preferidos.
Era aqui que eu me abrigava todas as vezes que surgia uma discussão por herança. Sayron e meu pai entravam em conflito sempre no jantar, e eu nunca conseguia te