Capítulo 143

Avancei pela trilha por mais de uma hora.

O tempo parecia se alongar de propósito, cruel, enquanto eu seguia atento a cada detalhe do caminho. Em alguns pontos, notei galhos quebrados, folhas reviradas, marcas confusas no chão. Mas a chuva tinha sido intensa demais. Tudo estava misturado à lama, apagado, irreconhecível. Qualquer rastro podia ser recente… ou não significar nada.

O som da cachoeira ficou cada vez mais alto, pesado e ensurdecedor.

Descia praticamente acompanhando o curso da água, avaliando cada trecho, cada desnível. A cachoeira estava cheia, violenta transbordada. A corrente era forte demais, selvagem. Aquilo não era um lugar para alguém que conhecia o terreno… muito menos para quem nunca esteve ali antes.

Meu peito apertou. Parei o cavalo.

Fiquei em silêncio por alguns segundos, apenas ouvindo o rugido da água e a própria respiração acelerada. O medo finalmente ganhou corpo. Se Isabella tivesse se aproximado demais da beira… se tivesse escorregado…

Fechei os olhos por
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