Avancei pela trilha por mais de uma hora.
O tempo parecia se alongar de propósito, cruel, enquanto eu seguia atento a cada detalhe do caminho. Em alguns pontos, notei galhos quebrados, folhas reviradas, marcas confusas no chão. Mas a chuva tinha sido intensa demais. Tudo estava misturado à lama, apagado, irreconhecível. Qualquer rastro podia ser recente… ou não significar nada.
O som da cachoeira ficou cada vez mais alto, pesado e ensurdecedor.
Descia praticamente acompanhando o curso da água, avaliando cada trecho, cada desnível. A cachoeira estava cheia, violenta transbordada. A corrente era forte demais, selvagem. Aquilo não era um lugar para alguém que conhecia o terreno… muito menos para quem nunca esteve ali antes.
Meu peito apertou. Parei o cavalo.
Fiquei em silêncio por alguns segundos, apenas ouvindo o rugido da água e a própria respiração acelerada. O medo finalmente ganhou corpo. Se Isabella tivesse se aproximado demais da beira… se tivesse escorregado…
Fechei os olhos por