A correnteza ainda tentou me puxar de volta, mas lutei como pude até alcançar a margem. Saí da água me arrastando, os joelhos afundando na lama, o corpo pesado demais para obedecer. Tossia sem parar, o ar entrando aos golpes, ardendo nos pulmões. Havia cortes nos meus braços, a pele queimada pelo atrito das pedras, e uma dor aguda nas costelas que me fazia gemer a cada movimento.
Aquilo doía.
E esse foi o meu maior medo.
Se eu estava assim… Isabella estava pior.
Levantei-me com dificuldade, apoiando uma mão no chão, a outra pressionando as costelas. A visão turva se ajustou aos poucos, e então eu a vi.
Alguns metros abaixo.
Isabella estava caída perto da margem, o corpo parcialmente envolvido pela água que ainda lambia o chão, como se quisesse levá-la de novo. Imóvel.
Meu coração falhou uma batida.
“ Isabella… não… não…”
Ignorei a dor e fui até ela cambaleando, escorregando, tropeçando. Caí de joelhos ao seu lado e a puxei para fora da água com urgência, o corpo dela pesado,