O tempo pareceu parar. O galpão abafado vibrava de tensão: Elisa encurralada, as mãos sobre o ventre trêmulo; Sophia de olhos dilatados,com semblante aterrorizante e arma em punho; Eduardo parado na soleira da porta, cada músculo prestes a explodir em movimento. Atrás dele, a polícia ocupava posições estratégicas com armas apontadas.
Solte essa arma, Sophia! ... o detetive Sérgio gritou, a voz firme, ecoando pelas paredes de concreto. ... Não tem saída!
Sophia riu, uma gargalhada histérica que arrepiou a todos.
Vocês não entendem… ela balançava a arma, o cano oscilando entre Elisa e Eduardo. Eu não estou perdendo nada! Ele é meu! Sempre foi meu!
Não! Eduardo avançou um passo, os olhos fixos nela, a fúria contida. Eu nunca fui seu. Você sequestrou a mulher que eu amo, ameaçou os meus filhos! Você acha que depois disso eu poderia olhar pra você sem ódio?
Sophia tremeu, o sorriso oscilando entre desafio e dor.
Você só está cego, Eduardo. Ela é um obstáculo! Eu vou tirá-la da