Os dias seguintes à descoberta da gravidez pareciam envoltos por uma brisa diferente. Elisa despertava sorrindo, mesmo com os enjoos e a sensibilidade aflorada. Eduardo, mais carinhoso do que nunca, a observava com olhos brilhantes, como se cada gesto dela carregasse um novo significado.
Mas o que mais aquecia o coração de ambos era ver o brilho da fundação crescendo. As crianças, antes silenciosas ou tímidas, agora mostravam talentos escondidos: música, dança, pintura, pequenos discursos corajosos diante de plateias. Era como se a arte e o cuidado tivessem devolvido a elas não só a saúde, mas o brilho de existir.
Olha a Laurinha ali… Elisa comentou emocionada, sentada ao lado de Eduardo durante uma pequena apresentação. Há seis meses ela mal falava.
E agora canta com os olhos fechados, como se tivesse nascido no palco, completou Eduardo, com orgulho.
Ao final da apresentação, as crianças correram para abraçá-los. Laurinha, a pequena cantora, entregou a Elisa um desenho: ela, E