Eduardo passou o dia inteiro no escritório, mas a mente estava em outro lugar.
Elisa.
A imagem dela, parada à porta do quarto, observando ele e Sophia na cama, o assombrava. Cecília havia deixado claro: ela viu tudo.
E ele... não conseguia lembrar de nada.
As palavras de Sophia repetiam-se em sua cabeça:
“Você me puxou… e foi natural.”
Mas aquilo não parecia com ele.
E mesmo que fosse verdade...
Por que ele se sentia tão sujo?
Terminou o expediente mais cedo. Dirigiu até a cobertura sem pensar muito. O coração batia com um peso estranho no peito ... não era culpa apenas. Era urgência.
Queria vê-la.
Queria dizer que… não sabia explicar, mas precisava que ela acreditasse nele.
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Elisa estava na sala quando ele entrou. Vestia uma calça de linho clara e uma blusa solta, os cabelos presos em um coque simples, rosto limpo.
Mas não havia serenidade.
Só um olhar… vazio.
Eduardo parou diante dela. Respirou fundo.
Preciso falar com você.
Ela o olhou com firmeza.
Não p