A ligação ainda ecoava nos ouvidos de Dominic quando ele desligou o celular. A voz masculina, grave e abafada, havia dito poucas palavras, mas todas carregadas de ameaça:
— Ela não agiu sozinha. E o que vem agora… vai destruir tudo o que você conhece.
Dominic ficou parado, olhando para o aparelho, tentando absorver o que acabara de acontecer. Ele não reconhecia a voz. Não havia sotaque forte, nem pistas de localização. Mas era claro que a pessoa sabia mais do que havia sido revelado no tribunal.
Isadora entrou na sala, sorridente, com um envelope na mão.
— Dominic, olha só. O juiz arquivou oficialmente o processo. Meu nome está limpo.
O sorriso dela murchou assim que percebeu o semblante dele.
— O que aconteceu?
— Recebi uma ligação. Uma ameaça. Disseram que Helena não agiu sozinha… e que algo muito pior está para acontecer.
Isadora sentiu o estômago revirar.
— Você acha que é sério?
— Acho que não podemos mais subestimar ninguém.
Ela sentou-se ao lado dele, em silêncio. Depois de tud