A intimação estava sobre a mesa, como uma sentença fria e impessoal. Isadora encarava o envelope aberto, os olhos fixos nas palavras que pareciam gritar em sua mente: “Processo por quebra de sigilo profissional”. Era uma acusação grave, e pior — falsa.
— Isso não pode estar acontecendo… — ela murmurou, passando a mão pelos cabelos, o coração batendo descompassado.
Dominic chegou em casa e a encontrou na mesma posição. Ao ver o olhar perdido de Isadora, ele parou imediatamente.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntou, aproximando-se rapidamente.
Ela apenas apontou para o documento.
Dominic o leu com atenção, a mandíbula travando conforme avançava. Ao terminar, largou o papel sobre a mesa com força.
— Isso é uma armadilha. E eu aposto que sei exatamente quem está por trás.
— Helena… — Isadora disse, a voz embargada. — Ou minha mãe. Talvez as duas.
— Elas estão desesperadas. Tentaram nos separar emocionalmente. Agora querem destruir sua carreira, seu nome, sua dignidade.
— E se conseguirem