O silêncio que se seguiu à revelação foi ensurdecedor. Isadora sentia o sangue pulsar nos ouvidos como se o mundo inteiro estivesse tentando desabar de uma vez só. Dominic ainda estava ajoelhado à sua frente, com os olhos arregalados e o rosto completamente sem cor.
— Isso não pode ser verdade… — ele murmurou, a voz fraca como um sussurro perdido no vento.
Isadora recuou um passo, e depois outro, como se a presença dele queimasse. Tudo parecia girar, as paredes se comprimiam, e o ar ficava mais denso. Ela queria gritar, fugir, acordar de um pesadelo.
— Eu não acredito… — ela balbuciou. — Isso… isso não pode estar acontecendo.
Dominic levantou-se, aproximando-se dela com cautela, como se estivesse se aproximando de algo prestes a quebrar.
— Isadora, por favor… você tem que me ouvir. Isso… deve haver um engano.
— Um engano? — ela repetiu, rindo com incredulidade. — Como se engana uma coisa dessas? A mulher que me criou como minha tia agora diz que é minha mãe. E que o pai… que o pai é o