O silêncio entre Isadora e Dominic era espesso como fumaça. Eles estavam na cobertura dele, cada um preso em seus próprios pensamentos, depois da revelação bombástica que abalou tudo: a suposta traição. Mesmo com as explicações dele, mesmo com o instinto de Isadora gritando que havia algo errado naquela história, a ferida estava aberta.
— Você quer que eu simplesmente acredite? — ela perguntou, quebrando o silêncio, a voz embargada.
Dominic passou as mãos pelos cabelos, visivelmente cansado.
— Não quero que você simplesmente acredite. Quero que você me olhe nos olhos e sinta o que sempre sentiu. Eu fui chantageado, Isadora. Não houve traição. Alguém está tentando nos separar.
Ela cruzou os braços, os olhos marejados. O peso da desconfiança ainda pairava no ar.
— Então quem teria motivos pra isso? — ela sussurrou.
Dominic hesitou. Seus olhos se desviaram por um instante.
— Meu pai. Ou… talvez sua mãe.
— O quê?
— Seu pai era contra o nosso envolvimento. E minha família nunca aceitou a i