O vento da noite soprava forte no terraço do prédio da sede da empresa. As luzes da cidade pareciam distantes, quase irreais. Isadora chegou com o coração acelerado, o telefone ainda na mão. Ela subiu até ali sem pensar duas vezes, movida pelo peso da mensagem de Dominic — e pelo desejo desesperado de entender o que viria a seguir.
Dominic estava de costas para ela, encarando o horizonte. Quando ouviu os passos, virou-se devagar. O olhar dele estava carregado, tenso, mas havia alívio ao vê-la.
— Obrigado por vir — ele disse.
Isadora parou a poucos passos, abraçando os próprios braços. — Você disse que precisávamos decidir juntos. Então fala. O que descobriu?
Ele entregou o celular a ela. Isadora assistiu ao vídeo em silêncio, sentindo o chão sumir sob seus pés à medida que cada palavra da mãe ecoava pela gravação.
— Isso não pode ser real… — ela murmurou. — Minha mãe? E a Helena?
Dominic assentiu.
— Agora sabemos quem está por trás disso. Por que. E como.
Isadora fechou os olhos. Sent