Os dias seguintes à coletiva foram intensos. A imprensa seguia fervilhando, as redes sociais não falavam de outra coisa, e enquanto os escândalos derrubavam os inimigos declarados, Helena se mantinha no centro do furacão — fria, calculista e decidida.
Mas, no meio daquele caos, havia algo que a inquietava: o sumiço de Lorena. E ela sabia, com toda certeza, que o silêncio de uma inimiga como ela não era um bom sinal.
Na manhã de terça-feira, Helena estava em sua sala, revisando documentos, quando Leonardo entrou, segurando um envelope marrom nas mãos, a expressão fechada.
— Chegou isso pra você. Sem remetente.
Ela ergueu uma sobrancelha, desconfiada, e pegou o envelope. Ao abrir, encontrou algumas fotos antigas. No primeiro instante, não entendeu. Mas, conforme olhava, o choque foi inevitável.
Fotos de sua mãe... com Carlos Ferraz.
Seus dedos apertaram as fotos, trêmulos. Ela arregalou os olhos, respirando fundo, tentando manter o controle.
— Isso não pode ser verdade... — sussurrou.
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