Carlos Ferraz caminhava de um lado para o outro no escritório luxuoso de sua mansão. As mãos trêmulas seguravam o celular enquanto ele fazia ligações atrás de ligações.
— Eu não quero desculpas, eu quero soluções! — rugiu. — Encontrem a Luciene. Ela não pode abrir a boca. Façam o que for preciso. Entenderam? — desligou sem esperar resposta.
Seu rosto, antes sempre altivo, agora exibia linhas de tensão, suor escorrendo pela testa. Pela primeira vez na vida, Carlos Ferraz não se sentia no controle.
Do outro lado da cidade, Isadora estava em completo surto.
— Eu não vou perder tudo por causa daquela vadia! — gritou, jogando um vaso contra a parede do próprio quarto. — Eu sou a filha dele! Eu mereço tudo! — urrava, como uma criança mimada, chutando cadeiras e quebrando o que via pela frente.
Ela não sabia se chorava, se gritava ou se ria como uma louca. O fato era que, pela primeira vez, o mundo não girava ao seu redor. Pela primeira vez, Helena estava no comando… e isso a consumia de ódi