O sol mal havia surgido no horizonte quando Carlos Ferraz foi despertado pelo som estridente do celular. Atendeu no segundo toque, sem sequer olhar o número.
— Diga que encontraram ela! — rosnou, sem cumprimentar.
— Temos um problema, senhor — a voz do segurança soou abafada, nervosa. — Luciene já não está mais no país. Comprou uma passagem ontem à noite e embarcou em um voo particular para fora.
Carlos sentiu o corpo inteiro gelar.
— COMO ASSIM? — gritou, levantando-se tão rápido que quase derrubou a cadeira. — Quem autorizou esse voo? Quem pagou?
— Estamos apurando, mas... — o homem hesitou. — Tudo indica que foi a... Helena.
Carlos atirou o telefone contra a parede com tanta força que o aparelho se despedaçou.
— Maldita... — cuspiu as palavras. — Aquela desgraçada armou tudo isso!
No apartamento de Helena, Júlia pulava de empolgação.
— É sério, Helena! Isso aqui tá parecendo cena de novela! — Ela mostrava mais e mais postagens. — Você virou o assunto principal da cidade inteira. To