Elô e Miguel permaneceram imóveis por alguns minutos, tentando se certificar de que a figura mascarada não voltaria. O silêncio do casarão era sufocante, quebrado apenas pela respiração acelerada deles.
— A gente não pode sair daqui de mãos abanando — disse Elô, a voz ainda trêmula, mas firme. — Clara esteve nesse lugar. Preciso encontrar alguma coisa que prove isso.
Miguel olhou para a escada, hesitante. — E se ele ainda estiver lá fora, esperando?
— Então precisamos ser rápidos — respondeu Elô. — Só alguns minutos.
Com cautela, ela se aproximou da mesa de pedra. Passou os dedos sobre os arranhões, sentindo a aspereza das marcas. Não eram riscos comuns — pareciam símbolos, gravados de propósito. Um deles chamou sua atenção: um desenho circular, parecido com uma espiral quebrada no meio.
— Eu já vi isso... — murmurou, a memória lhe escapando.
Miguel, enquanto isso, explorava as prateleiras empoeiradas. A maioria estava vazia, mas num canto, escondido sob panos rasgados, encontrou algo