O silêncio na sala subterrânea era tão pesado que doía nos ouvidos. A lanterna de Miguel tremia em sua mão, fazendo com que o feixe de luz dançasse pelas paredes úmidas e pelos símbolos grotescos no chão. As três figuras mascaradas permaneciam imóveis, como estátuas vivas, os olhos ocultos por buracos escuros que não revelavam absolutamente nada.
Elô sentiu os pelos do braço se eriçarem. Não eram apenas máscaras: havia algo na postura deles, no jeito que respiravam devagar, como se não fossem inteiramente humanos.
— Miguel... — murmurou, quase sem voz. — Eles nos cercaram.
Ele deu um passo para trás, tentando manter o foco. — Fiquem longe! — gritou, a voz ecoando pela abóbada de pedra. — Nós só queremos respostas.
As figuras não se moveram de imediato. O ar parecia vibrar em torno delas, como se a sala inteira esperasse algo acontecer. Então, de repente, a do centro inclinou levemente a cabeça e abriu a boca. A voz que saiu não parecia pertencer a uma pessoa. Era gutural, arrastada, m