Adam coçou a barba rala, tentando disfarçar o desconforto. Mas Jeffrey, sentado diante dele, não o deixou escapar.
— Já que você volta e meia pega essa diretora aí... esse caniço, como você chama — Jeffrey começou, com ironia calculada — por que você não namora com ela?Adam soltou um riso curto, quase debochado.— Ela é magra demais.O primo arqueou as sobrancelhas.— Ah, é magra demais? — repetiu, o tom aumentando de intensidade. — Mas na hora que você está com as suas necessidades, ela não é magra demais, né? Na hora que você precisa se aliviar, ela serve. Não é magra demais para ser usada, porque, no fim das contas, ela tem o que você procura. O buraco, não é isso?Adam ficou em silêncio. A cutucada atingiu em cheio.Jeffrey avançou mais, firme.— Veja a diferença, Adam. Se você não a quer para namorada, você também não tem o direito de querer para usar. Ela é um ser humano. E talvez, só talvez, ela se permita a você porqu