Clarence caminhou até o filho, o coração batendo em um compasso novo, cheio de coragem. Quando o envolveu em um abraço apertado, quase de menina, sua voz saiu embargada:
— Obrigada, meu filho… por você estar me dando o prazer de ser livre. Obrigada por me apoiar.Adam fechou os olhos, sentindo o perfume suave da mãe, e a segurou forte, como se quisesse compensar décadas de distância emocional.— Me perdoa, mãe… — disse ele, com a voz carregada de arrependimento. — Eu demorei muito para enxergar. Foi preciso aquela moça, a Ava, jogar aquelas verdades na cara do papai… e de mim. Eu só percebi ali o quanto eu errei com a senhora. O quanto eu fui um filho omisso e egoísta.Clarence afastou-se um pouco, segurando o rosto dele com as duas mãos, os olhos marejados, mas firmes.— Mas isso mudou, meu filho. Isso mudou.Adam respirou fundo, e ela sorriu, mais decidida do que nunca.— Então vamos, meu filho. Vamos para a empresa. E