Adam ajeitou o paletó e fez sinal para a mãe acompanhá-lo até a porta. Clarence caminhava ao lado dele, ereta, o semblante diferente de tudo o que ele havia conhecido até então. Antes de saírem, ela parou, segurou o braço dele e disse:
— Eu preciso te lembrar, meu filho… Hoje nós combinamos de ir visitar a Márcia, lembra?Adam a olhou e assentiu, firme.— Sim, lembro.Ela sorriu de leve, mas com a mesma determinação que vinha sustentando desde o dia anterior.— Então vamos fazer assim: quando eu terminar as minhas compras, encontro você na terapeuta. O seu horário é às dezesseis horas, não é?— Isso mesmo — confirmou Adam. — Eu saio daqui por volta das quinze, e vou direto para lá.— Pois bem — disse Clarence. — Antes das quinze, estarei lá fora, esperando você na recepção. Eu dispenso o motorista e fico aguardando. Assim, nós vamos juntos visitar a Márcia.Ele sorriu, orgulhoso da mãe estar tomando a frente das