No outro dia, Adam William Clifford II entrou no escritório naquela manhã e mal conseguiu se concentrar nos relatórios que o esperavam. O bilhete de Ava ainda queimava dentro da sua cabeça. Cada frase dela ecoava como se tivesse sido gravada a ferro quente:
"Eu sou a faxineira. Mas eu sou muito mais livre que você."
E, de fato, algo dentro dele começava a admitir que ela tinha razão.
Jeffrey tinha razão também, quando disse que Ava, com apenas 21 anos, possuía uma maturidade que ele, aos 35, não tinha alcançado.
Ele sempre teve tudo. Dinheiro, conforto, nome, status. Nunca precisou lutar por nada. Já Ava… Ava trabalhava desde menina, ajudava em casa, estudava e agora estava carregando nas costas a responsabilidade de dar um ano de descanso para a mãe doente. Ela não reclamava da vida: apenas enfrentava, de frente, com coragem.
Ele, por outro lado, precisava de quantas mulheres numa noite para se sentir alguém? Quantas correntes, quan