Adam estava no carro, parado diante da casa dos pais, ainda com o coração batendo acelerado. A discussão na mesa ecoava em sua mente como um trovão. Pela primeira vez na vida, ele tinha falado em voz alta o que sempre calara.
Pela primeira vez, viu lágrimas verdadeiras nos olhos da mãe.
Ele sabia que não podia deixar a noite acabar daquele jeito.
A mãe merecia ouvir de forma clara que não estava sozinha.
Com mãos trêmulas, pegou o celular e digitou devagar, como se cada palavra fosse uma ferida aberta que precisava ser curada:
"Mãe… Se você quiser largá-lo, você tem meu apoio."
Ele respirou fundo e continuou:
"Chega, mãe. Chega de você viver submissa a um homem que nunca lhe deu valor de verdade. A senhora merece ser feliz. Merece viver sua vida. Viajar, rir, respirar. Vocês têm dinheiro, mãe. Dinheiro não é problema. Então por que a senhora tem que continuar servindo a comida dele, como se fosse obrigação sua? Ele tem e