O Dia do Confronto
Adán William Clifford II não era homem de pedir desculpas. Na verdade, ele não era homem de pedir nada. Estava acostumado a mandar, a ser obedecido, a ver em cada olhar de mulher — ou de submissa — um reflexo do próprio poder. Mas naquela manhã, depois de encontrar no centro da sua mesa o pacote embrulhado com o laço vermelho, dentro dele o maior vibrador que já vira na vida e o bilhete colado em cima como uma sentença, ele não conseguiu dormir em paz."Aqui, seu retardado. Você quer me transformar numa submissa? Pois enfia isso no teu rabo, porque eu não nasci pra isso!"Ele leu aquilo uma, duas, três vezes, e cada palavra parecia gritar na sua cabeça. Não era só raiva, não era só afronta. Era algo maior: uma coragem crua, nua e direta. Algo que ninguém nunca tinha ousado fazer com ele.E foi por isso que, ainda que a contragosto, decidiu chamar a responsável pelo bilhete, no final do dia.Quando Ava entrou no escritór