O silêncio que se formou após aquelas palavras era quase ensurdecedor. O tipo de silêncio que não precisava de som, porque era preenchido pela eletricidade no ar, pelos olhares, pelos segredos não ditos e pelas cicatrizes que cada um carregava.
Camila respirava de forma descompassada, o peito subindo e descendo, enquanto seus olhos iam de Leonardo para Alexandre, como se buscasse, desesperadamente, uma saída. Mas não havia saída. Não mais.
Leonardo apertou os punhos, seu maxilar rígido denunciava que ele estava no limite. Seu controle, normalmente impecável, estava prestes a explodir.
— Isso não é um jogo, Alexandre. — sua voz soou grave, rouca, como uma ameaça velada. — E se você acha que pode brincar com ela, está mais enganado do que imagina.
Alexandre sorriu de canto, cruzando os braços, com aquela expressão de quem sempre tem uma carta escondida.
— Engraçado ouvir isso de você, Aragon... — ele deu dois passos, ficando perigosamente perto de Camila, seus olhos nunca deixando os de