O frio de Zurique parecia ter se instalado diretamente nos ossos de Camila. Mas o que fazia sua pele arrepiar não era o clima — era o olhar dos dois homens à porta. Olhares que não precisavam de armas visíveis para dizer tudo: perigo, ameaça, domínio.
Leonardo permaneceu firme, o corpo ligeiramente à frente do dela, em uma posição quase protetora, mas cheia de tensão.
— Não sei quem é o chefe de vocês — respondeu ele, a voz cortante —, mas se acham que podem intimidar a mim ou a ela... estão profundamente enganados.
Um dos homens arqueou a sobrancelha, sorrindo com escárnio.
— Sr. Aragon, sabemos exatamente quem você é. E, mais do que isso, sabemos que não é do seu interesse transformar isso aqui em uma cena pública.
Ele jogou sobre a mesa um pequeno cartão preto. Nele, apenas um nome gravado em letras douradas: Rodrigo Alencar Monteiro.
O nome que até poucos dias atrás era apenas uma sombra no passado de Camila... agora parecia uma lâmina prestes a se cravar em sua garganta.
— Ele sa