O carro preto de Alexandre estava com o motor ligado, e o farol iluminava a entrada rústica da casa 91. Camila e Leonardo se entreolharam, inseguros. Carolina deu um passo para trás, instintivamente.
— O que você quer, Alexandre? — perguntou Camila, a voz tensa.
— Não é o que eu quero. É o que vocês precisam saber — respondeu ele, com um olhar sombrio. — Entrem. Por favor.
Leonardo hesitou.
— Se for mais uma manipulação...
— Não é. Estou cansado de mentiras. E vocês também. Vamos acabar com isso de uma vez.
Com relutância, Camila entrou no carro. Leonardo se sentou ao seu lado. Carolina permaneceu do lado de fora, falando ao telefone com Júlio — o assistente de Leonardo — pedindo que ele rastreasse o veículo, por precaução.
— Para onde estamos indo? — perguntou Camila.
— Para o escritório antigo do meu pai. Há algo que vocês precisam ver. Algo que escondi. Mas que agora... não posso mais carregar sozinho.
No caminho, o silêncio era denso. Alexandre dirigia como se fugisse de si mesmo.