O amanhecer chegou como uma cicatriz no horizonte. Camila acordou sobressaltada, como se sua mente não tivesse desligado nem por um segundo. A presença de Leonardo ainda impregnava o ar do apartamento. O beijo da noite anterior ardia nos lábios como uma lembrança proibida, uma entrega que ela jurou não repetir — e repetiria mil vezes.
Mas agora tudo tinha mudado. Havia um novo nome na equação: Marcos Vasconcellos. Um nome que jamais significou nada… até agora.
Carolina entrou no quarto com uma xícara de café na mão, olhando a amiga com preocupação.
— Dormiu alguma coisa?
— Não. Só fechei os olhos para tentar entender o que está acontecendo.
— E conseguiu?
Camila suspirou, encarando o teto.
— Nem um pouco. A única coisa que sei é que preciso encarar Marcos. Preciso ouvir da boca dele.
— Você não tem medo?
— Tenho. Mas o medo não vai me paralisar.
Na mansão Vasconcellos, Marcos observava o jardim podado com perfeição pela janela do escritório. Cada flor milimetricamente colocada. Cada p