Zurique despertava sob uma névoa espessa, o frio invadindo as ruas estreitas e as fachadas antigas que escondiam segredos de séculos. Camila sentiu o ar gelado bater no rosto assim que saiu do táxi em frente ao prédio que, para ela, tinha ares de um castelo sombrio. Era ali que as respostas que tanto buscava começariam a emergir, escondidas entre as paredes frias e impassíveis.
O edifício, imponente e austero, parecia desafiar qualquer um que ousasse se aproximar. Camila agarrou firme o diário de capa vermelha, o único elo real que tinha com sua mãe, Letícia. Cada página era uma pista, uma confissão, um pedaço de uma verdade que fora cuidadosamente enterrada.
No hall principal, a recepcionista a recebeu com um olhar vago, típico de quem está acostumado a lidar com rostos desconhecidos. Camila mostrou a identificação que havia recebido por e-mail e explicou rapidamente o motivo da visita. Após alguns minutos, foi conduzida até uma sala reservada, onde um homem de terno escuro a aguarda