O voo de Carolina chegou com atraso em Zurique, mas ela não perdeu tempo. Mal pisou no saguão do aeroporto e já seguiu para o endereço enviado por Camila: uma casa afastada do centro, discreta, rodeada por árvores altas e protegida por um portão eletrônico. Era ali que Camila e Leonardo haviam se refugiado após a última ameaça. E era ali, também, que as próximas decisões seriam tomadas.
Quando a porta se abriu, Camila correu para abraçar a amiga. O reencontro foi silencioso, apertado, carregado de sentimentos que palavras não dariam conta de traduzir. Carolina havia sido o único elo com o passado que Camila ainda confiava.
— Eu trouxe tudo — disse Carolina, entregando uma pasta volumosa. — Os documentos estavam escondidos no fundo da gaveta de costura da sua mãe. Papéis antigos, rabiscados, mas autênticos. Tem registros de reuniões, trocas de e-mails, e até anotações de encontros secretos entre Rodrigo e investidores estrangeiros.
Camila levou a pasta até a sala e espalhou os papéis s