A madrugada em Rashalah tinha cheiro de metal e sal. No terraço da antiga administração do porto, mapas estavam abertos como feridas sobre a mesa. Idris, de Roma, projetava no telão portátil uma malha de pontos pulsando em vermelho.
— Cruzei o giz “sete luas” com logs antigos da Zafir — explicou no alto-falante. — Não é poesia: é protocolo. “Lua” = nó de rede. São sete gatilhos sincronizados por fase lunar. Primeiro ciclo… hoje.
Zayn apoiou os punhos na mesa. — Onde?
— Três na faixa costeira (usina, subestação, píer 7), dois no miolo urbano (reservatório e central de rádio), dois móveis — continuou Idris. — “Móveis” significa gente: couriers que acionam redundâncias se os fixos falharem.
Elyas inclinou-se sobre o mapa, o dedo firme como bússola. — Se o porto é a boca, a subestação é a língua. Cortam a língua, o corpo não fala.
Isabela respirou fundo. — E os couriers?
— Um deles é Saegueh, aposto um mês de sono — disse Kareem, seco.
— Não aposte — respondeu Zayn. — Capture.
---
A equip