O corredor lateral do tribunal cheirava a mármore frio e café esquecido. As portas do plenário tinham acabado de se fechar quando Zayn pediu que levassem a família para a ala reservada. Lá dentro, o rumor da multidão soava como mar batendo em pedra.
Ele ficou de pé, as mãos nas costas, e falou baixo, para os seus — e, sobretudo, para si mesmo: — Hoje não é sobre vingança. É sobre honrar a lei e as famílias que foram feridas. Al-Qadar é maior do que qualquer um de nós.
Yasmeen, olhos úmidos mas firmes, aproximou-se de Isabela e, num gesto que dizia “estou com você”, segurou-lhe a mão. Do outro lado, Elyas observava em silêncio: no modo como Zayn sustentava o peso do momento, via o contorno nítido do velho Emir — não no sangue, mas na postura.
No palácio, a sala forense aguardava como um coração mecânico. Hanin e a equipe terminaram o que haviam começado dias antes: o espelho final dos dados extraídos do microchip que por tantos anos dormiu na nuca de Isabela. Nada de dramatização; só l