Diana
Eu achava que nada podia me abalar mais depois do que já tínhamos ouvido do doutor Meireles. Mas a vida sempre tem um jeito cruel de testar a gente.
Acordei cedo, ajudei a mamãe a se arrumar e chamei um carro com o Ethan para irmos ao hospital. Ela estava quieta, quase em silêncio, como se a mente dela tivesse viajado para longe. Eu segurei a mão dela o tempo inteiro, tentando passar segurança, mesmo quando eu mesma estava tremendo por dentro.
Chegamos no hospital e fizemos toda a bateria de novos exames: tomografia, ressonância, mais coleta de sangue. Eu ficava olhando para ela o tempo todo, tentando decifrar o que se passava em sua cabeça. A cada máquina que apitava, a cada agulha que a tocava, o coração dela parecia se fechar um pouco mais.
No fim do dia, quando finalmente saímos do hospital, o sol já estava se pondo. Ethan precisou resolver coisas da empresa, então fui só eu e ela. Entrei com ela no carro e, no caminho de volta, percebi que ela respirava fundo, como se tives