— Eu te amo tanto, minha filha.
Diana
Eu sempre achei que fosse forte. Que aguentava tudo. Mas quando sentei à mesa com minha mãe naquele almoço, percebi que havia uma parte de mim que ainda era só uma menina assustada, implorando para não perder a única pessoa que sempre esteve ao meu lado.
O restaurante era simples, aconchegante. Uma mesa pequena de madeira, toalha branca, um jarro com flores amarelas no centro. O cheiro de comida caseira tomava o ar, e por um instante eu quis me enganar, fingir que aquele era só mais um almoço comum entre mãe e filha. Mas dentro de mim o peso do que precisava dizer estava me esmagando.
Minha mãe parecia calma demais. Ela mexia no guardanapo, ajeitava os talheres, como se nada estivesse acontecendo. Eu observava cada detalhe dela: as rugas marcando a pele, o olhar sereno, as mãos firmes que um dia sustentaram o mundo só para que eu tivesse uma vida digna.
Respirei fundo. Eu precisava falar.
— Mãe… — comecei, a voz meio embargada. — A gente precisa conversar sério.
Ela ergueu os ol