Dia 4

Diana

A água era tão clara que eu podia ver até as pedrinhas no fundo. Pequenas, coloridas, brilhando como se alguém tivesse polido uma por uma. Eu estava ali, boiando num lago cristalino. O sol brilhava alto no céu, mas eu não sentia calor. Era uma paz estranha, como se o tempo tivesse parado. Nenhum som, nenhum vento, só eu e aquele silêncio imenso.

Só que eu sabia que aquilo não era real.

No fundo do meu peito, havia um peso. Um aperto. Algo fora do lugar.

Tentei olhar em volta. A paisagem era linda demais pra ser verdade. Flores gigantes nas margens, o céu com uma cor impossível, e um cheiro de infância, de colo, de casa. Mas mesmo assim... algo me incomodava. Algo estava errado. E era como se meu corpo inteiro soubesse, mas minha mente ainda não tivesse alcançado.

Foi aí que ouvi. Um som suave, longe. Fraco.

Choro de bebê.

Minha pele arrepiou na hora. Eu conhecia aquele som. Era como se meu coração tivesse reconhecido antes mesmo da minha cabeça entender. O choro ficou mais forte
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