POV CATARINA
Depois de toda a tempestade por que passei — com a morte da minha mãe, o acidente do José e a confusão com as joias —, acredito que os tempos de calmaria finalmente chegaram.E não apenas momentos de calmaria, mas também de amor. Um amor de uma forma que eu nunca imaginei experimentar.Os dias que se passaram desde que José Eduardo e eu nos declaramos um ao outro têm sido doces. Como andar sobre nuvens.Nós dois baixamos a guarda, deixamos as trincheiras e decidimos apostar naquele sentimento.Um sentimento lindo, por sinal.— Psiu. Ei… Catarina! — sussurrou alguém.Parei no meio do corredor e dei meia-volta ao ver que era José Eduardo, escondido atrás de um móvel.— Oi. Fala — eu disse, olhando ao redor. Temia que fôssemos vistos.— Escuta… Não quer ir tomar um sorvete comigo?— Mas agora? Você não vai ao trabalho hoje?— Não. Pedi folga.— Quantas folgas você te