Na manhã seguinte, os raios tímidos do sol invadiam os corredores do hospital, mas Eveline não sentia nada além do peso da exaustão emocional.
Gabriel estava com Marta, a babá temporária contratada por Daniel durante a fase final da gravidez. Mas Eveline sabia que em breve precisaria cuidar dele novamente. Ainda assim, com Daniel sedado, ela não conseguiria sair dali.
Foi quando Marcus chegou com dois cafés em mãos — e uma ideia.
— Eveline — disse, estendendo a xícara. — Eu pensei... se você quiser, posso levar o Gabriel pra passar uns dias comigo. Meus pais vão adorar. E você precisa se concentrar aqui agora.
Ela hesitou, o coração dividido.
— Você tem certeza? Ele ainda é tão pequeno...
— Ele é meu filho também. E eu tô preparado. Minha mãe vai amar cada segundo com ele. E meu pai... — Marcus sorriu — já tá procurando os brinquedos antigos no porão.
Eveline olhou para ele, com os olhos marejados.
— Você realmente quer isso?
— Mais do que tudo. Mas só se você confiar.
Ela respirou fu