Giovanni Sorrentino

A vejo se agachar e pegar o meu filho em seu colo. A forma com que Salvatore estava ao seu lado implorando por um pouco de atenção chamou a minha atenção desde que entrei nesse escritório.

Minha mãe já havia dito um pouco sobre o que essas garotas passaram. E assim que a vi, tomada banho e exalando um perfume que me lembra os vastos campos de girassóis que há na propriedade, me fez sentir o desejo de levá-la para conhecer o lugar.

— Não!

Falo alto demais e Francesco acaba entendendo que é uma negativa por algo que ele estava dizendo e eu, sequer, estava dando atenção ao que dizia. Mas quando a vejo abraçada com Salvatore e uma lágrima escorre por seu rosto ao sentir o carinho do meu filho, lembranças antigas voltam em minha mente.

Éramos pequenos, Francesco havia dito algumas coisas que acabaram magoando a nossa mãe e nosso pai Ettore havia lhe dado uma surra. Nossa mãe teve um passado difícil e, se não fosse o nosso pai se apaixonar por ela, tenho certeza de que e