Giovanni Sorrentino
Depois de rodar por mais de uma hora pela cidade, estava no escritório da adega que temos no centro de Sorrento. Precisava de um minuto sem me sentir culpado por acreditar fielmente que estava traindo a minha esposa. Ou que estou sendo um pai negligente com o único pedacinho que ainda existe da minha amada bravinha.
Estava ali há horas, sentado, tentando entender o que está acontecendo comigo e a reação que senti ao ver aquela mulher de cabelos em tom tão parecido com o mel. Mas o que chamava tanto a minha atenção era a mancha de vitiligo, a mecha de cabelos brancos que saía bem da frente, onde deveria ser a sua franja. Mas a cor dos seus olhos, um tom quase igual aos fios dos seus cabelos, e outro azul, deixou claro que aquela garota é uma combinação de anomalias genéticas.
Bebi mais uma taça de vinho, sentindo o meu corpo esquentar completamente. Já estava ainda mais bêbado de quando saí da mansão. Com os pensamentos rodando entre a mulher que vai ficar com Salva