Pequenos soluços sacudiam o corpo dela. Carly chorou até não ter mais lágrimas antes de levantar o olhar para mim.
— O papai disse isso mesmo? — Ela perguntou, com a voz baixa.
Eu assenti e mostrei a carta para ela.
— Você já viu a letra do seu pai, né? — Perguntei suavemente, mas ela balançou a cabeça em negativa. — Bem, foi ele quem escreveu isso.
Eu observei enquanto o dedinho dela seguia as palavras.
— Eu não sei ler.
Eu encostei minha cabeça na dela.
— Eu vou te ensinar.
Ela pegou a carta com cuidado.
— Ela é minha?
Eu beijei o topo da cabeça dela.
— Seu papai escreveu várias cartas para você, e todas elas são suas. — Eu estava prestes a me levantar do chão, mas Carly me deteve.
Ela me devolveu a carta.
— Eu não quero perdê-la. — Peguei a carta e a dobrei novamente. — Você pode guardar para mim?
Ela fungou e, em seguida, se levantou. Caminhou até o espelho e girou em um círculo.
— Meu papai estava certo.
— Ah, é?
— Você me deixou bonita. — Ela me deu