O medalhão queimava na palma da mão de Ivy.
O pequeno pedaço de prata escurecida pelo tempo parecia pesar mais do que deveria, como se carregasse todo o peso da verdade que ela nunca quis enxergar.
O ar no escritório parecia rarefeito, e sua respiração vinha curta, descompassada.
Alaric continuava parado na porta, a luz fraca lançando sombras irregulares sobre seu rosto. Havia algo nele que a fazia sentir um frio na espinha—um olhar que não era de surpresa, nem de culpa.
Era um olhar de tédio.
— Você não deveria estar aqui. — Ele repete, a voz calma, sem pressa, como se estivesse comentando sobre o tempo.
Ivy apertou o medalhão com tanta força que sentiu o metal gelado contra sua pele.
— O que isso está fazendo aqui? — Sua voz saiu trêmula, baixa, mas carregada de algo afiado.
Alaric inclinou a cabeça levemente, como se estivesse considerando a pergunta. Depois, deu um passo para dentro da sala, fechando a porta atrás de si. O clique do trinco soou alto demais no silêncio.
— Achei qu